PREVENÇÃO & LONGEVIDADE
Vitamina E: importante para proteger células e muito mais
Antioxidante, a vitamina E protege as células dos danos do tempo e é importante para imunidade, coração e visão, desde que consumida com equilíbrio

Dra. Juliana Soares
5min • 19 de out. de 2025

Uma alimentação equilibrada consegue suprir a necessidade de vitamina E do organismo
Parte do que mantém a pele firme, a visão estável e o corpo resistindo ao desgaste do tempo é atribuído à vitamina E, um nutriente que age como um protetor das células. Em tempos de poluição, estresse e radicais livres, ela é ainda mais importante no dia a dia.
Porém, embora os benefícios da vitamina E sejam amplamente elogiados, o excesso pode trazer riscos, e a deficiência, embora rara, também merece atenção. Venha entender como essa vitamina funciona, onde encontrá-la e quando se preocupar.
O que é a vitamina E?
A vitamina E é uma vitamina lipossolúvel, ou seja, se dissolve em gordura e pode ser armazenada em partes em que há gordura no corpo. Ela não é produzida pelo organismo, por isso é necessário obtê-la pela alimentação.
Dentro do grupo da vitamina E, há várias formas químicas e, dentre elas, o α-tocoferol é a mais ativa no corpo humano. Essa forma é especialmente valorizada, porque é a que melhor cumpre os papéis biológicos da vitamina.
Para que serve a vitamina E?
A principal função da vitamina E é atuar como antioxidante e proteger as células contra os efeitos ruins dos radicais livres, aquelas moléculas instáveis que surgem em reações no corpo, especialmente na presença de estresse, poluição, radiação, cigarro, entre outras coisas.
Além disso, ela é importante para:
- Integridade das membranas celulares;
- Fortalecimento do sistema imunológico;
- Participação na saúde neurológica e na função nervosa.
Quais os valores recomendados de vitamina E?
A recomendação usual para adultos saudáveis é cerca de 15 miligramas por dia de vitamina E.
Para crianças e outras faixas etárias, os valores variam:
- Crianças 1 a 3 anos: 6 mg/dia;
- 4 a 8 anos: 7 mg/dia;
- 9 a 13 anos: 11 mg/dia;
- Adolescentes a adultos: 15 mg/dia.
É importante lembrar que a vitamina E é obtida principalmente na alimentação, ou seja, a suplementação só é necessária quando um médico ou nutricionista indica.
Níveis muito altos sem orientação profissional podem ser perigosos, pois doses excessivas podem interferir na coagulação sanguínea.
Fontes alimentares de vitamina E
Você pode encontrar vitamina E em diversos alimentos, principalmente de origem vegetal e com teor de gordura saudável:
- Óleos vegetais: girassol, oliva, gérmen de trigo;
- Nozes, castanhas e sementes: amêndoas, avelãs, sementes de girassol;
- Verduras de folhas verde-escura: espinafre, couve;
- Abacate;
- Grãos integrais;
- Gema de ovo.
Vale lembrar que o processamento, calor e luz podem degradar a vitamina E nos alimentos, por isso o ideal é comer alimentos sempre frescos.
Deficiência de vitamina E: quando ocorre e o que causa
A deficiência de vitamina E é rara em pessoas saudáveis, porque uma pequena quantidade de alimentos já costuma suprir a necessidade. Mas ela pode acontecer em casos de má absorção de gorduras, como doenças intestinais, distúrbios genéticos raros ou complicações nutricionais graves.
Os sintomas associados são:
- Problemas neurológicos, como fraqueza, coordenação comprometida, visão prejudicada;
- Danos aos nervos (neuropatia);
- Problemas na retina e visão.
Excesso de vitamina E: riscos
Doses muito altas de vitamina E, especialmente em forma de suplementação, podem trazer efeitos ruins e até perigosos, como interferência na coagulação sanguínea e risco aumentado de hemorragias.
Por isso, suplementar vitamina E sem necessidade e sem orientação profissional não é recomendado. Vale lembrar que uma alimentação equilibrada geralmente supre a necessidade diária de vitamina E e não leva ao excesso.
Suplementação de vitamina E: quando e como
A suplementação pode ser indicada por um médico ou nutricionista apenas em casos de deficiência diagnosticada por exame de sangue ou em condições especiais de saúde, como má absorção e doenças gastrointestinais mais graves.
Mesmo nesses casos, o uso deve ser orientado por médico ou nutricionista, para ajustar dose, acompanhar efeitos e evitar excessos.
Saiba mais: Vitamina B12: o que é, para que serve e como identificar carência ou excesso
Perguntas frequentes sobre vitamina E
1. Posso consumir mais vitamina E do que o necessário para retardar o envelhecimento?
Não. Consumir vitamina E em excesso não traz benefícios e pode até causar riscos, como interferir na coagulação.
2. A vitamina E pode melhorar a pele e os cabelos?
Na forma tópica, é comum em cosméticos por conta de ser antioxidante e potencial efeito hidratante. Já o uso oral com fins estéticos ainda não tem evidências consistentes.
3. É fácil ter deficiência de vitamina E?
Não em pessoas com alimentação equilibrada. A deficiência é rara e geralmente associada a condições médicas que comprometem a absorção de gorduras.
4. Tomar suplemento de vitamina E todo dia faz mal?
Se for indicado por um médico ou nutricionista e em doses seguras, pode ser usado. Mas o uso indiscriminado pode trazer riscos, por isso não faça isso sozinho.
5. Qual forma da vitamina E o corpo mais aproveita?
O α-tocoferol é a forma mais ativa e significativa no corpo humano.
6. Qual a dose máxima segura?
Embora o valor exato dependa do contexto, doses acima de 400–800 UI/dia por longos períodos não são recomendadas sem indicação clínica, e o limite máximo estabelecido é 1.000 mg/dia (cerca de 1.500 UI).
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