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SINAIS & SINTOMAS

7 sintomas iniciais de câncer que não devem ser ignorados

Sangramentos, dores persistentes, nódulos e outras alterações podem ser sinais de câncer. Descubra 7 sintomas iniciais que merecem atenção

Dr. Thiago Chadid

Dr. Thiago Chadid

5min • 25 de ago. de 2025

7 sintomas iniciais de câncer que não devem ser ignorados

Você já reparou que às vezes o corpo dá alguns sinais estranhos e a pessoa logo coloca a culpa em coisas simples do dia a dia? Uma dorzinha que aparece do nada, um sangramento inesperado, uma pinta que mudou de cor ou qualquer outro sintoma que parece trivial. Em muitos casos pode realmente não ser nada grave, mas em outros, pode ser um aviso importante de que algo não vai bem, como um câncer.

O oncologista Thiago Chadid explica que não existe um sintoma exclusivo que indique câncer com certeza. A questão é que alguns sinais devem trazer desconfiança e motivar uma visita a um médico. Afinal, quanto mais cedo o diagnóstico acontecer, maiores são as chances de sucesso no tratamento.

Venha descobrir quais são esses sinais.

1. Sangramentos sem explicação

Esse é um dos sintomas mais clássicos. O sangramento pode aparecer no escarro, no vômito, nas fezes ou na urina. Segundo o oncologista, o volume costuma chamar a atenção.

“Se for maior que uma colher de sopa, é um sinal de alerta”. Mas atenção: até sangramentos pequenos podem indicar algo em fase inicial.

O sangramento, porém, nem sempre vai indicar um câncer. “Pode ser uma hemorroida, pode ser apenas um vaso no nariz que estourou e o sangue escorreu para a boca e a pessoa achar que é algo grave”, diz o médico.

Na dúvida, é melhor procurar um especialista para checar.

2. Dores persistentes e diferentes

Dor todo mundo eventualmente sente, mas nem toda dor é igual. No caso do câncer, ela costuma ser intensa, latejante e aparecer de repente. O oncologista dá alguns exemplos de dores em determinados tipos de câncer:

  • Câncer de pâncreas: dor descrita como uma “facada” na boca do estômago ou nas costas;
  • Câncer de mama: nódulos de mama costumam não causar dor, mas depois de algum impacto na região a dor pode surgir por conta da inflamação no nódulo;
  • Câncer de pulmão: cansaço, falta de ar ao subir escadas, tosse crônica ou escarro com sangue.

3. Alterações nos ossos

Fraturas espontâneas ou dores ósseas também podem estar ligadas a tumores. “Pode acontecer porque o tumor já corroeu o osso”, explica o médico, e isso pode causar fraturas inesperadas, até dormindo ou apenas mudando de posição.

4. Perda de peso sem motivo

Quando a pessoa está se alimentando normalmente, não mudou a rotina e ainda assim perdeu peso de forma significativa, é hora de ficar atento.

O oncologista explica que o tumor pode liberar substâncias que aumentam o metabolismo e tiram o apetite.

“A pessoa perde o apetite, sente náusea com alguns alimentos, fica indisposto. A perda é principalmente de massa magra: o rosto fica mais fino, os braços e pernas mais finos, mas às vezes a barriga permanece um pouco aumentada”, conta o médico.

Além disso, podem aparecer febre noturna, suores e fadiga.

5. Mudanças na pele e nas pintas

Pintas que crescem, mudam de cor, ficam irregulares ou apresentam várias cores em uma só são suspeitas. “Pinta não deve crescer. Se cresceu, está errado”, alerta o oncologista.

Outros sinais de pele que precisam de atenção:

  • Lesões que ulceram, sangram ou não cicatrizam;
  • Casquinhas esbranquiçadas ou até prateadas que lembram parafina de vela, que ficam cascudas, descamam e voltam a crescer mesmo após coçar ou tirar a casca;
  • Lesões ásperas, ulceradas e com secreção clara ou sanguinolenta.

“Qualquer lesão de pele que cresça, mude de formato, comece a doer, coçar, ulcerar ou descamar deve ser avaliada”, recomenda Chadid.

6. Nódulos suspeitos

As famosas “ínguas” (linfonodos) também podem indicar algo sério. A diferença é:

  • Linfonodo inflamatório: indica inflamação ou infecção no corpo. Costuma ser elástico, móvel e mais macio.
  • Linfonodo tumoral: costuma ser mais duro, como um caroço de azeitona, e pode estar fixo, aderido ao corpo.

Em relação à dor, tanto as ínguas que indicam câncer quanto as de inflamação podem doer ou não. “Linfonodos maiores que 2 centímetros, duros e aderidos são suspeitos”, diz o médico.

7. Hematomas e febre

As pessoas também devem ficar atentas a alguns sinais de câncer no sangue, como leucemia e linfoma. Além de dor persistente, que não melhora com remédios, outros sinais podem incluir:

  • Hematomas espontâneos;
  • Palidez e fraqueza;
  • Febre noturna e suores;
  • Perda de peso inexplicada.

Esses sintomas, quando aparecem em conjunto, precisam ser relatados a um médico.

Quando procurar um médico?

Nem sempre a pessoa vai primeiro ao oncologista. Normalmente, ela passa antes pelo clínico geral ou outro especialista.

“Na maioria dos casos, o paciente chega ao oncologista encaminhado por outro especialista: clínico geral, cardiologista, infectologista, neurologista. Isso porque os sintomas são inespecíficos”, conta o oncologista.

“Quando a pessoa chega direto, geralmente é em casos de rastreamento, como mamografia, PSA para câncer de próstata, entre outros exames”.

Ou seja, ao sentir algum sintoma diferente ou suspeito, o ideal é ir ao médico.

Quem tem histórico familiar de câncer, especialmente antes dos 50 anos ou com muitos casos na mesma família, pode se beneficiar de aconselhamento genético com um médico geneticista. Isso ajuda a definir se há necessidade de rastreamento específico.

Perguntas frequentes sobre sintomas de câncer

1. Todo sangramento é sinal de câncer?

Não. Pode ser algo simples, como uma hemorroida. Mas se for mais volumoso ou recorrente, merece investigação.

2. Perder peso sem motivo sempre significa câncer?

Não. Pode estar ligado a outros problemas de saúde. Mas perda de peso rápida, sem dieta ou exercício, deve ser investigada.

3. Toda pinta que muda é câncer de pele?

Nem sempre. Mas pintas que crescem, mudam de cor, sangram ou ulceram são suspeitas e precisam de avaliação médica.

4. O que diferencia uma íngua benigna de uma maligna?

Uma íngua benigna tende a ser móvel e macia. As malignas costumam ser duras, fixas e maiores que 2 cm.

5. Como saber se a dor óssea pode ser câncer?

Se for persistente, intensa e vier acompanhada de fraturas espontâneas, deve ser avaliada.

6. Pessoas com histórico familiar devem se preocupar mais?

Sim. Casos em parentes de primeiro ou segundo grau antes dos 50 anos aumentam o risco. O ideal é procurar aconselhamento genético.

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Escrito por Dr. Thiago Chadid

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