Logo Propor

DOENÇAS & CONDIÇÕES

‘Doença do beijo’: sintomas e tratamento da mononucleose infecciosa 

A mononucleose infecciosa atinge principalmente jovens e pode causar febre, cansaço intenso e dor de garganta. Entenda como se pega, como identificar e como tratar

Dra. Isabella Segura

Dra. Isabella Segura

5min • 4 de out. de 2025

‘Doença do beijo’: sintomas e tratamento da mononucleose infecciosa 

Se você já ouviu falar na famosa “doença do beijo”, saiba que ela tem nome científico: mononucleose infecciosa. Causada principalmente pelo vírus Epstein-Barr (EBV), é uma infecção viral comum entre adolescentes e jovens adultos, mas que pode atingir pessoas de qualquer idade.

Embora o apelido seja curioso, a mononucleose merece atenção: pode provocar febre, cansaço intenso e até complicações mais graves em alguns casos. A boa notícia é que, na maioria das vezes, a recuperação é rápida e sem sequelas, desde que sejam seguidas as orientações médicas.

Como a mononucleose é transmitida?

O vírus Epstein-Barr (EBV) é transmitido principalmente pela saliva, o que explica o apelido de “doença do beijo”. Mas não é apenas o beijo que pode passar o vírus: o compartilhamento de copos, talheres e escovas de dente também pode transmitir a infecção.

Quais são os sintomas da mononucleose?

Os sintomas típicos incluem:

  • Dor de garganta;
  • Linfonodos (ínguas) aumentados no pescoço;
  • Febre;
  • Calafrios;
  • Dores de cabeça;
  • Cansaço intenso e fadiga;
  • Mal-estar geral;
  • Dor abdominal;
  • Perda de apetite;
  • Erupções na pele.

Em alguns casos, pode haver aumento do fígado e do baço. A maioria dos pacientes melhora em cerca de duas semanas, mas a fadiga pode durar mais tempo em algumas pessoas.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da mononucleose é clínico, ou seja, baseado na avaliação médica dos sintomas e do exame físico. Em alguns casos, podem ser solicitados exames de apoio, como:

  • Teste de anticorpos heterófilos: confirma a infecção;
  • Exames de sangue gerais: mostram alterações sugestivas;
  • Exames específicos para anticorpos contra o vírus Epstein-Barr: geralmente usados quando o quadro não é típico.

Confira: Arritmia cardíaca: quando os batimentos fora de ritmo merecem atenção

Tratamento da mononucleose

Não existe medicamento específico para eliminar o vírus. O tratamento é de suporte, com foco em aliviar os sintomas:

  • Uso de analgésicos e anti-inflamatórios;
  • Repouso;
  • Boa hidratação;
  • Evitar atividades físicas de impacto, especialmente na região abdominal (já que o baço pode estar aumentado e frágil).

Na maioria dos casos, a recuperação é completa em algumas semanas.

Complicações: quando se preocupar?

A mononucleose costuma ser uma doença benigna e autolimitada, mas em situações raras pode evoluir com complicações, como:

  • Problemas no sangue (anemia hemolítica, plaquetopenia);
  • Infecções neurológicas (meningite, encefalite, síndrome de Guillain-Barré);
  • Inflamações no coração (miocardite);
  • Síndrome da fadiga crônica ou depressão;
  • Ruptura do baço: complicação rara, mas grave e potencialmente fatal. Nesse caso, a pessoa apresenta dor abdominal intensa e súbita, que deve ser avaliada imediatamente em um pronto-socorro.

Perguntas frequentes sobre mononucleose

1. Mononucleose é sempre transmitida pelo beijo?

Não. Apesar do apelido “doença do beijo”, a transmissão também ocorre pelo compartilhamento de objetos como copos, talheres e escovas de dente.

2. A mononucleose é contagiosa por quanto tempo?

A pessoa pode transmitir o vírus por semanas ou até meses após a infecção. Por isso, é importante evitar compartilhar objetos pessoais.

3. Existe vacina contra a mononucleose?

Ainda não existe vacina aprovada contra o vírus Epstein-Barr.

4. Quem teve mononucleose pode ter de novo?

É raro. Após a infecção, o vírus permanece no corpo em estado “latente”, e a maioria das pessoas desenvolve imunidade duradoura.

5. É possível saber se uma bebida está contaminada com o vírus Epstein-Barr?

Não. O vírus não altera cor, cheiro ou sabor de bebidas. A prevenção é evitar compartilhar copos e utensílios.

6. Quando procurar um médico?

Se os sintomas forem intensos, prolongados ou acompanhados de dor abdominal forte, deve-se procurar atendimento médico imediato.

Leia também: Tipos de sinusite: veja as diferenças entre viral, bacteriana e fúngica

Inscreva-se em nossa newsletter

Receba semanalmente as últimas notícias da área da saúde, cuidado e bem estar.

Foto de Dra. Isabella Segura

Escrito por Dra. Isabella Segura

Especialidades/Área de atuação

- 266055/SP

Group Companies
Waves