Logo Propor

DOENÇAS & CONDIÇÕES

Quantos infartos acontecem por ano no Brasil e o que aumenta esse risco 

Estão entre 300 mil a 400 mil casos anuais — saiba quem está mais em risco, por que isso acontece e como diminuir as chances de infartar.

Dra. Juliana Soares

Dra. Juliana Soares

5min • 28 de set. de 2025

Quantos infartos acontecem por ano no Brasil e o que aumenta esse risco 

Você já deve ter ouvido falar que o infarto é uma das maiores preocupações de saúde pública no Brasil, e isso não é exagero. Segundo o Ministério da Saúde, acontecem de 300 mil a 400 mil casos de infarto agudo do miocárdio por ano no país. Além disso, aproximadamente em cada 5 a 7 casos, há morte.

Esse número alto importa para todo mundo, porque o infarto não escolhe idade. Embora seja mais comum em pessoas mais velhas, alguns fatores de risco — muitos deles ligados ao estilo de vida — aumentam muito a probabilidade de pessoas jovens também sofrerem um infarto.

O que é infarto agudo do miocárdio

O infarto agudo do miocárdio acontece quando uma artéria do coração fica bloqueada por uma placa de gordura, coágulo ou outro impedimento, cortando ou reduzindo severamente o fluxo de sangue para parte do músculo cardíaco.

Essa falta de sangue pode danificar ou matar células do coração e causa sintomas como dor no peito, falta de ar, suor frio e tontura. Quanto mais rápido chegar atendimento médico, maiores as chances de salvar o tecido cardíaco e reduzir danos.

Fatores de risco: quem está mais vulnerável

Pouca gente infarta por acaso. Há uma série de fatores que aumentam bastante as chances:

  • Tabagismo: um dos maiores inimigos do coração, prejudica os vasos, favorece placas de gordura nas artérias e provoca inflamação;
  • Colesterol alto: excesso de colesterol LDL e triglicerídeos altos elevam o risco de obstrução arterial;
  • Pressão alta: força os vasos, danifica artérias e facilita obstruções;
  • Diabetes: aumenta de 2 a 4 vezes o risco de infarto, devido ao impacto da glicose alta nos vasos;
  • Obesidade e gordura abdominal: aumentam inflamação e riscos metabólicos;
  • Sedentarismo: piora colesterol, pressão, glicemia e peso;
  • Histórico familiar: parentes próximos com infarto aumentam a vulnerabilidade;
  • Estresse, ansiedade e sono ruim: fatores psicossociais que também pesam no risco cardíaco.

Outros fatores que merecem atenção

  • Idade: o risco cresce com o passar dos anos;
  • Sexo: homens têm infartos mais cedo; nas mulheres, o risco aumenta após a menopausa;
  • Condições socioeconômicas: acesso limitado à saúde e alimentação adequada aumenta a gravidade dos casos.

O que você pode fazer hoje para evitar infartos

  • Parar de fumar ou não começar;
  • Praticar atividade física regular (caminhar, pedalar, nadar);
  • Manter alimentação equilibrada, com mais frutas, legumes e verduras;
  • Controlar glicemia, colesterol e pressão com acompanhamento médico;
  • Dormir bem e reduzir o estresse;
  • Fazer check-ups regulares, especialmente a partir dos 40 anos — antes, se houver histórico familiar.

Perguntas frequentes sobre infarto no Brasil

1. Quantos casos de infarto ocorrem por ano no Brasil?

Estima-se que ocorram entre 300 mil e 400 mil casos de infarto agudo do miocárdio anualmente.

2. Quantas pessoas morrem por infarto no país?

Em cada 5 a 7 casos de infarto, ocorre um óbito. A taxa de mortalidade é alta.

3. Jovens também infartam?

Sim. Internações por infartos em pessoas de 30 a 40 anos estão aumentando, especialmente em quem tem fatores de risco como sobrepeso, sedentarismo e histórico familiar.

4. Ter diabetes realmente aumenta muito o risco?

Sim. Pessoas com diabetes têm de 2 a 4 vezes mais chances de sofrer infarto.

5. E o tabagismo? Qual é seu impacto?

É um dos principais fatores de risco: fumar inflama e danifica os vasos, favorecendo o acúmulo de placas de gordura.

6. Mudanças no estilo de vida realmente ajudam?

Sim. Alimentação saudável, atividade física, controle de pressão, glicemia e colesterol, sono de qualidade e menos estresse reduzem significativamente o risco.

7. O que fazer se alguém suspeita que está infartando?

Diante de dor no peito intensa, irradiação para braço, mandíbula ou costas, falta de ar, suor frio ou náusea, procure atendimento de urgência imediatamente. Quanto mais rápido o atendimento, melhores as chances de recuperação.

Inscreva-se em nossa newsletter

Receba semanalmente as últimas notícias da área da saúde, cuidado e bem estar.

Foto de Dra. Juliana Soares

Escrito por Dra. Juliana Soares

Especialidades/Área de atuação

Cardiologista - CRM/SP 133.846

Group Companies
Waves