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Ecocardiograma na gestação: por que é essencial para cuidar do coração da mãe e do bebê
Indolor e seguro, o exame ajuda a detectar alterações cardíacas precocemente e contribui para uma gravidez mais saudável

Dra. Juliana Soares
5min • 24 de set. de 2025

A gravidez é um momento de intensas transformações no corpo da mulher e de grande expectativa para a chegada do bebê. Nesse período, cada exame de pré-natal é essencial para garantir que a gestação siga saudável. Entre eles, o ecocardiograma na gestação ganhou destaque, pois permite avaliar tanto o coração da mãe quanto o do bebê em formação.
Indolor, seguro e feito por ultrassom, o exame ajuda a identificar alterações cardíacas precocemente, contribuindo para a prevenção de complicações e a escolha do tratamento mais adequado quando necessário.
O que é o ecocardiograma?
O ecocardiograma é um exame de imagem que utiliza ondas de ultrassom para mostrar o coração em tempo real. Ele não usa radiação, é indolor e totalmente seguro durante a gestação.
Com ele, é possível avaliar o tamanho do coração, o movimento das válvulas, a força de bombeamento e o fluxo de sangue. Na gravidez, os principais tipos são:
- Ecocardiograma transtorácico: feito colocando o aparelho sobre o peito da mãe, avaliando seu coração.
- Ecocardiograma fetal: semelhante ao ultrassom de rotina, em que um gel é aplicado no abdome da gestante e o transdutor gera imagens detalhadas do coração do bebê.
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Por que o ecocardiograma na gestação é importante?
Para a mãe
Durante a gestação, o coração da mulher trabalha mais, já que precisa bombear sangue para ela e para o bebê. O exame pode ser indicado em casos de:
- Doença cardíaca já conhecida;
- Sintomas como falta de ar, palpitações ou inchaço excessivo;
- Histórico de pressão alta ou sopros no coração.
O exame avalia válvulas, força do músculo cardíaco e circulação sanguínea, permitindo detectar alterações precocemente e orientar o tratamento adequado.
Para o bebê
O coração do bebê começa a se formar muito cedo e passa por várias etapas até estar completo. O ecocardiograma fetal ajuda a identificar malformações antes do nascimento, sendo recomendado especialmente em situações como:
- Alterações suspeitas nos ultrassons de rotina;
- Histórico familiar de cardiopatias congênitas;
- Gestantes com diabetes, pressão alta, lúpus ou uso de certos medicamentos;
- Gravidez de risco ou idade materna avançada;
- Infecções virais durante a gestação, como rubéola.
O exame pode ser feito a partir da 18ª semana, mas as melhores imagens costumam ser obtidas entre a 24ª e a 28ª semana.
Como é feito o ecocardiograma na gestação?
O procedimento é simples e semelhante ao ultrassom do pré-natal. A mãe permanece deitada, um gel é aplicado no abdome e o transdutor capta imagens em tempo real do coração do bebê.
Não há necessidade de jejum e não existem riscos para a mãe ou o bebê.
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Prevenção e cuidados gerais
O ecocardiograma é uma parte do pré-natal que pode fazer diferença quando solicitado no momento certo. Algumas orientações incluem:
- Manter o pré-natal em dia;
- Relatar sintomas novos, como dor no peito, palpitações ou falta de ar;
- Realizar todos os exames solicitados;
- Seguir o tratamento indicado pelo médico para proteger mãe e bebê.
Perguntas frequentes sobre ecocardiograma na gestação
1. O ecocardiograma é seguro durante a gravidez?
Sim. O exame é feito com ultrassom, não utiliza radiação e não traz riscos para a mãe nem para o bebê.
2. Qual a diferença entre ecocardiograma fetal e transtorácico?
O transtorácico avalia o coração da mãe, enquanto o fetal analisa o coração do bebê em formação.
3. Quando o ecocardiograma fetal deve ser feito?
Pode ser realizado a partir da 18ª semana, mas a janela ideal é entre a 24ª e a 28ª semana, quando as imagens são mais nítidas.
4. Toda gestante precisa fazer ecocardiograma?
Não necessariamente. Ele pode ser indicado para todas, mas é especialmente importante em casos de risco, como doenças cardíacas maternas ou suspeita de malformação no bebê.
5. Preciso de algum preparo para o exame?
Não. O ecocardiograma não exige jejum nem cuidados prévios.
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